segunda-feira, 26 de julho de 2010

ANTONIO JURACI SIQUEIRA ESTARÁ NO IV ECLEB 2010



Antonio Juraci Siqueira nasceu em 28 de Outubro de 1948 em Cajary, município de Afuá no Pará, onde, ainda menino, descobriu a literatura através dos folhetos de cordel. Aos 16 anos mudou-se para Macapá (AP) onde casou-se, prestou serviço militar e concluiu os estudos de segundo grau. Em 1976 mudou-se para Belém graduando-se em Filosofia em 1983 pela UFPa. Pertence a várias entidades lítero-culturais, entre estas a União Brasileira de Trovadores, a Malta de Poetas Folhas & Ervas, a Academia Brasileira de Trova e o Centro Paraense de Estudos do Folclore. Atua como oficineiro, performista, contador de histórias e publicou mais de 60 títulos individuais entre folhetos de cordel, livros de poesias, contos, crônicas, histórias humorísticas e versos picantes. Colabora com jornais, revistas e boletins culturais de Belém e de outras localidades e conta com mais de 200 premiações em concursos literários em vários gêneros, em âmbito nacional e local.

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Antonio Juraci Siqueira
blogdobotojuraci.blogspot.com
juraci_siqueira@yahoo.com.br
tel 55 91 3272 0221

DISPONÍVEL EM: http://www.culturapara.art.br/Literatura/antoniojsiqueira/index.htm

Um comentário:

  1. ARTE POÉTICA



    Hoje,

    amanheci meio peixe,

    meio pássaro.



    Estou aprendendo a nadar,

    tomando aulas de vôo

    e aprimorando o canto.



    Amanhã,

    pássaro pleno,

    insofismável peixe,

    debulharei meu canto sobre a terra

    em nados abissais



    e vôos rasantes.





    VERDE CANTO





    Verde é o meu canto



    vivo muiraquitã de amor talhado

    na pedra da existência e pendurado

    no invisível pescoço do amanhã.





    VERDE É O MEU PRANTO



    musgo a crescer nas fendas seculares

    abertas pelas mãos da malquerença

    na história carcomida deste chão.





    VERDE É O VENENO



    que escondo na palavra – jararaca

    urtivamente oculta entre a folhagem

    no emaranhado chavascal de mim





    VÔO NOTURNO



    Na fogueira da aurora eu me consumo

    e ressuscito entre os lençóis da noite

    para tecer meu ninho de discórdias

    do teu coração.



    A minha pena – faca de dois gumes –

    ao mesmo tempo fere e acaricia;

    as minhas asas - guarda-sóis se abertas,

    quando fechadas, grades de prisão.



    Trago nas veias sangue canibal:

    bebo esperanças, mastigo ilusões

    e, às vezes, sorvo sonhos matinais.



    Portanto não se engane: sou poeta

    em cujo peito dorme um troglodita

    que traz no coração pluma e punhal.


    JURACI SIQUEIRA

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